27 de fevereiro de 2012

Chuva... em casa o dia inteiro... 40min de esteira com sacrifício e um pouquinho de uva.

13 de fevereiro de 2012

Duas forças

Você se lembra de uma brincadeira de criança que se chamava "cabo de guerra"? Consistia em uma corda em que uma criança ou um grupo de crianças ficava de cada lado e puxava. O lado que tivesse mais força ganhava e isso era medido por dois riscos no chão que não podiam ser ultrapassados.

Já faz um tempo tenho pensado sobre duas forças que operam dentro de nós, como em um cabo de guerra. De um lado uma espécie de força do hábito, automática; e do outro uma força contra a corrente, uma força de mudança. Quando não existe resistência a força do hábito segue à frente, fazendo o que já sabe fazer, num curto circuito, trilhando sempre os mesmo caminhos. Para que haja mudança é necessário muito mais do que igualar forças, a força para mudança deve ser maior.

Nós vivemos isso na pele quando tentamos emagrecer. Os hábitos que nos deixaram acima do peso operam livremente na quantidade de comida que estamos acostumados a comer, nas escolhas, na preguiça... Para exercer uma mudança a força que temos de fazer inicialmente nos parece grande demais. Caminhar até a padaria, comprar um chocolate ou dois, voltar pra casa e comer em pouco menos de 5 minutos não exige muito de nós. E tem algo de gostoso nisso, pelo menos em um primeiro momento. Se isso for comparado ao esforço de colocar um tênis e, ao invés de ir para a padaria, sair pra caminhar 40min... só de pensar dá um cansaço! O esforço para a mudança parece inexplicavelmente maior. Talvez por isso seja tão difícil começar...

Foi pensando nisso que me veio a imagem do cabo de guerra. Para emagrecer a força para mudança deve ser maior! Forte o suficiente para derrubar a força dos hábitos. E a guerra será constante. A facilidade da força do hábito estará lá, perto, acessível enquanto a força pra mudança continuará sempre exigindo de nós um esforço para que possamos trilhar novos caminhos.

Pode ser que nesse caminho a força do hábito nos dê alguns bailes. Mas enquanto tiver DUAS forças operando existe guerra, existe possibilidade. Se, caso contrário, frente a uma batalha perdida a gente "enfie o pé na jaca", lá está o grupinho de crianças da força para mudança no chão e a molecada da força do hábito de pé, do outro lado, triunfante...

E você? De que lado está?

11 de fevereiro de 2012

Almoço delícia de sábado

1 taça de vinho enquanto preparo... (125ml - 3 pontos)

- 1/2 xic de arroz integral cateto (feito com alho refogado em água, sem nem um pingo de óleo) - 3 pontos;
- um medalhão de filé mignon (100g) temperado com sal e pimenta do reino, mal passado, uma colher de chá de óleo - 6 pontos da carne + 1 ponto do óleo;
- um pedaço de abóbora cabotiá cozida em água e sal - ZEROPONTO;
- cogumelo Portobelo cozido na mesma frigideira do filé, sem óleo extra, sal e pimenta do reino - ZEROPONTO.

TOTAL: 13 pontos

"Dois segundos na boca, duas horas no estômago, dois anos no quadril".

Foi uma das frases que me marcaram neste processo, frase da minha orientadora. Um impulso que deixa marca no corpo, marca esta que precisa de muito mais do que um simples impulso para desaparecer...

Engordar e emagrecer é a montanha russa da minha vida. Da última vez perdi 18 quilos fazendo reeducação alimentar e muito exercício. Me alimentava de amor, juventude e felicidade. Fui engordando aos poucos, mas não sem perceber, e sempre com uma desculpa. E lá estava eu pesada de novo, desanimada, um caco.

Todo mundo começa o programa mau-humorado, ouvi esses dias na reunião. Mas o humor não é a única coisa que se recupera ao longo do caminho. Nove quilos mais magra eu recuperei minha vitalidade e hoje me dei conta de que, talvez pela primeira vez na vida, eu fiz uma refeição inteira aproveitando o sabor da comida na minha boca. Foi então que me lembrei daquela frase: "DOIS SEGUNDOS na boca, duas horas no estômago, dois anos no quadril". Onde mais o prazer de comer poderia estar senão na boca?

Descobri que a comida nunca passou muito tempo na minha boca. Comer era enfiar goela abaixo a maior quantidade de o-que-quer-que-estivesse-na-frente (mesmo frio, velho, ruim, seco, sem sal ou com  muito sal) e depois sentir o abdômen estufado. Abdômen estufado era o sinal de que eu tinha comido! Ao perceber que estava esticando o tempo da comida na minha boca, saboreando, curtindo cada pedacinho do que estava comendo, terminei o almoço satisfeita, deliciada e sem culpa.

Emagrecer não foi o único benefício. Que seja esta minha lição número um.